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Adaptação

Meu filho foi mordido na escola. E agora!?

A mediação de um adulto é fundamental nesse momento, para ajudar a criança na construção de novos significados e na ampliação da percepção do outro, dos sentimentos e das sensações físicas que podem ser geradas por uma mordida. Não há maldade nas crianças que mordem, mas há inabilidade em agir de outra forma. O diálogo, os exemplos e a suavidade em apontar outras possibilidades de agir farão, gradativamente, com que a criança modele seu modo de se expressar e de agir, compreendendo as necessidades e os sentimentos dos colegas com os quais convive. O adulto deve ser o mediador para que novas linguagens se constituam na convivência entre os pares.

Um olhar especial para aquele que recebeu a mordida, também, é fundamental. Em primeiro lugar, o acolhimento, compreendendo e validando seu desconforto, pois uma mordida dói muito, não apenas do ponto de vista físico, mas, também, do ponto de vista das emoções. A criança sente-se, verdadeiramente, agredida e não compreende de imediato a situação. Na mesma perspectiva daquele que mordeu, o diálogo com o adulto mediador auxiliará a criança mordida a se fortalecer diante do ocorrido, verbalizando ao outro o que sentiu.

A parceria com as famílias, também, auxiliará no processo para que as mordidas possam dar lugar a outras formas de expressão. Quando a criança sente que os adultos responsáveis por ela partilham das mesmas ideias e amparam-na para superar a fase das mordidas, por meio de intervenções que a façam sentir-se segura e perceber o outro, o salto qualitativo para apoiar-se em outras formas de comunicação mostra-se dia a dia mais evidente e mais efetivo.
Com intervenções que priorizem o diálogo e a valorização das relações entre os pares, a fase das mordidas é, na maioria das vezes, temporária, e os sentimentos negativos gerados por elas dão lugar a aprendizados que se consolidam nas e pelas relações entre as crianças. Sabemos que não há receita pronta, nem a utopia de que essa fase passe em um piscar de olhos, mas temos a certeza de que as crianças são afetivas por natureza e potentes para compreender o mundo social. Portanto, essa fase vai passar!

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